Segurança da informação: o que é, importância e como aplicar
Autor: RED4IT - 17 de outubro de 2025
Segurança da informação não começa com um antivírus. Começa com uma escolha: proteger o que sustenta o seu negócio antes que alguém decida explorá-lo. Não importa o porte da empresa, um clique errado, uma senha fraca ou um sistema sem monitoramento podem colocar tudo em risco.
Ainda tem gente que dorme tranquila porque "nunca aconteceu nada". Mas a verdade é que as maiores falhas acontecem em silêncio, até que seja tarde demais.
Neste artigo, você vai entender o que realmente significa cuidar da segurança da informação, os pilares que sustentam uma estratégia eficaz, os riscos que ninguém te contou e como agir com inteligência para proteger os dados mais valiosos da sua operação.
O que é segurança da informação?
Segurança da informação é a prática de proteger dados, sistemas e pessoas contra acessos não autorizados, vazamentos, perdas ou manipulações. Vai muito além de instalar um antivírus ou criar uma senha forte. Estamos falando de uma cultura, de processos e de tecnologia agindo juntos para garantir confidencialidade, integridade e disponibilidade das informações.
Ela é o que garante que sua operação continue funcionando mesmo diante de ataques, falhas ou imprevistos. E, diferente do que muitos ainda pensam, não é assunto exclusivo da TI, é responsabilidade estratégica do negócio.
Quais são os pilares da segurança da informação?
Antes de falar em ferramentas, políticas ou normas, é preciso entender a base de tudo. A segurança da informação se sustenta em três pilares, e sem qualquer um deles, tudo desmorona.
Confidencialidade
As informações certas precisam estar disponíveis somente para quem tem autorização para acessá-las. Isso evita vazamentos, espionagem e uso indevido de dados críticos.
Integridade
Os dados devem estar sempre completos, precisos e intactos — sem alterações maliciosas ou acidentais. Um número trocado pode causar um colapso financeiro ou legal.
Disponibilidade
As informações precisam estar acessíveis sempre que necessário, garantindo continuidade operacional. Afinal, dado inacessível é tão inútil quanto dado perdido.
Esses três pilares: confidencialidade, integridade e disponibilidade, formam a base sobre a qual qualquer estratégia de proteção deve ser construída.
Por que segurança da informação é tão importante nas empresas?
Perder contratos, históricos de atendimento, informações de clientes e processos internos já seria grave. Agora, imagine tudo isso nas mãos erradas, sendo vendido, manipulado ou usado contra a própria empresa. Essa é a realidade de quem acreditou estar seguro, sem nunca testar sua proteção de verdade.
Não estamos mais falando de hipóteses. Segundoa InfoMoney, uma empresa fornecedora de infraestrutura crítica para o sistema bancário, foi alvo de um dos maiores cibercrimes já registrados no Brasil. Hackers exploraram credenciais vazadas para acessar contas de liquidação vinculadas ao Banco Central e desviaram centenas de milhões de reais.
O prejuízo estimado pode chegar a R$ 3 bilhões, um ataque silencioso, técnico e devastador que afetou toda a estrutura do sistema financeiro nacional.
Quais são as principais ameaças à segurança da informação?
Você não precisa ser atacado para estar em risco. O simples fato de não saber onde estão suas falhas já é uma ameaça. Abaixo, os principais tipos de ataques e riscos que rondam empresas todos os dias:
Phishing e engenharia social
Nem sempre os ataques vêm por linhas de código. Às vezes, vêm por e-mail com tom urgente e logo da empresa. O phishing é uma técnica que manipula o comportamento humano: engana o colaborador para que ele entregue credenciais, clique em links maliciosos ou baixe arquivos perigosos.
A engenharia social explora curiosidade, medo, confiança ou pressa, e funciona justamente porque a fraqueza mais comum não está na máquina, mas em quem a opera. Basta uma vítima para abrir a porta.
Ransomware
Sequestrar dados virou modelo de negócio. O ransomware é um tipo de malware que criptografa arquivos críticos da empresa e exige resgate, geralmente em criptomoedas para liberá-los.
Alguns grupos chegam a oferecer “suporte técnico” às vítimas para que paguem rápido. Sem backup imutável ou plano de resposta, a empresa pode ter que escolher entre pagar ou desaparecer.
Malware e vírus
Clássicos que nunca saem de cena. Malwares, trojans, keyloggers, worms e outros vírus ainda são amplamente usados para invadir sistemas, espionar usuários, instalar backdoors e comprometer a integridade de arquivos.
Eles podem chegar por e-mail, pendrive, link suspeito ou até mesmo por atualização falsa de software. O estrago? Desde lentidão até roubo silencioso de informações valiosas.
Ataques DDoS
Derrubar é tão eficaz quanto invadir. Nos ataques de negação de serviço (DDoS), os criminosos sobrecarregam sistemas com acessos simultâneos, tornando sites, e-commerces, ERPs e aplicações inacessíveis para usuários legítimos.
Muitas vezes são usados como distração para outros ataques mais profundos. E em setores que operam online, minutos de instabilidade significam milhares de reais em prejuízo.
Vazamento interno
O inimigo, às vezes, está na sua folha de pagamento. Vazamentos internos podem ocorrer por negligência (como salvar dados em pendrives pessoais) ou por ação maliciosa de colaboradores insatisfeitos ou aliciados.
E o risco aumenta quando não há políticas de acesso por perfil, monitoramento de atividades ou registro de logs. Você sabe exatamente quem acessa o quê na sua empresa?
Falta de backups confiáveis
Fazer backup não é o suficiente. Ter um backup que funcione quando mais precisa, isso sim é proteção. Muitos descobrem, tarde demais, que o último backup estava corrompido, desatualizado ou exposto ao mesmo ataque que derrubou o ambiente principal.
Backups imutáveis, criptografados e isolados são parte importante de uma estratégia de recuperação realista e segura.
Segurança da informação é diferente de segurança cibernética?
Sim, e essa diferença importa. Ambas são complementares, mas a segurança da informação é mais ampla, estratégica e voltada à governança como um todo.
Segurança da Informação |
Segurança Cibernética |
Protege informações em qualquer formato (digital ou físico). |
Foca na proteção de sistemas e redes digitais. |
Envolve pessoas, processos, políticas e tecnologia. |
Envolve softwares, firewalls, antivírus e protocolos técnicos. |
Trata de cultura, gestão de riscos e governança. |
Trata de proteção contra ameaças digitais como malwares e hackers. |
Quais os benefícios reais da segurança da informação nas empresas?
Se bem aplicada, a segurança da informação não é custo, é investimento com retorno visível:
- redução de riscos operacionais e financeiros;
- melhoria na confiança do mercado e dos clientes;
- decisões baseadas em dados confiáveis;
- continuidade dos negócios mesmo em incidentes;
- adequação a normas como LGPD, ISO 27001 e outras;
- cultura de segurança incorporada à rotina da equipe.
Como aplicar segurança da informação na prática?
Veja os passos certos para proteger sua empresa de verdade:
- Mapeie
os ativos
Entenda quais dados, sistemas e processos são críticos. - Avalie
os riscos e vulnerabilidades
Realize diagnósticos técnicos, testes de segurança e simulações. - Crie
políticas de segurança e boas práticas
Defina regras claras de acesso, uso de dados e comportamentos esperados. - Implemente
controles técnicos
Use firewalls, criptografia, backups imutáveis, autenticação multifator e mais. - Eduque
a equipe
Pessoas bem treinadas são a primeira linha de defesa contra ataques. - Monitore
continuamente
Invista em NOC, SOC e ferramentas que detectam e respondem a incidentes em tempo real. - Atualize
e audite regularmente
Segurança da informação não é projeto, é processo contínuo.
Segurança da informação tem norma? Sim e elas importam.
Se sua empresa quer estar em conformidade com o mercado, precisa conhecer e aplicar normas e frameworks. Os principais são:
- ISO/IEC 27001: estabelece requisitos para o SGSI (Sistema de Gestão de Segurança da Informação).
- LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados): regula o tratamento de dados pessoais no Brasil.
- COBIT, NIST, CIS Controls: frameworks de boas práticas que guiam a segurança e governança de TI.
Como a segurança da informação se conecta a outras áreas da TI?
A segurança da informação é o ponto de encontro entre várias frentes estratégicas. A partir dela, surgem ramificações que merecem atenção especial.
Governança de TI
A governança de TI define como a tecnologia é planejada, controlada e monitorada dentro da organização. É ela que garante que os investimentos em segurança da informação estejam alinhados aos objetivos do negócio, e que exista responsabilidade clara sobre quem decide o quê.
Sem governança, a segurança vira um conjunto de decisões soltas, sem prioridade ou continuidade. Com ela, a proteção digital se torna parte do DNA da empresa.
Computação forense
Depois que um ataque acontece, é a computação forense que entra em cena. Essa área é responsável por investigar o incidente, identificar o que aconteceu, como aconteceu e quem foi o responsável, preservando provas digitais para possíveis ações legais e correções técnicas.
É um braço importante da segurança da informação, porque não basta proteger, é preciso entender as brechas quando elas falham.
Zero Trust
Zero Trust é um modelo de segurança que parte de uma premissa simples, mas poderosa: não confiar em nada nem ninguém, mesmo dentro da rede corporativa.
A cada acesso, a identidade é verificada. A cada tentativa, a autorização é reavaliada. Isso evita que um invasor, uma vez dentro, tenha liberdade para se movimentar lateralmente entre sistemas e dados.
FAQ sobre segurança da informação
O que é segurança da informação?
É o conjunto de práticas e tecnologias que protegem dados contra acesso não autorizado, perda, roubo ou modificação. Vai além da TI: envolve cultura, processos e decisões que afetam toda a empresa.
Quais os pilares da segurança da informação?
Os principais pilares são:
- Confidencialidade: apenas quem tem permissão acessa os dados.
- Integridade: os dados permanecem corretos e inalterados.
- Disponibilidade: as informações estão acessíveis quando necessário.
Algumas fontes incluem ainda autenticidade e irretratabilidade como pilares complementares.
Qual a diferença entre confidencialidade e integridade?
Confidencialidade
garante que apenas pessoas autorizadas acessem os dados.
Integridade assegura que esses dados permaneçam corretos, completos e
sem alterações indevidas. Um protege o acesso, o outro protege a qualidade
da informação.
Segurança da informação serve para pequenas empresas?
Sim. Na verdade, PMEs são alvos frequentes por não terem estruturas de defesa sofisticadas. Um ataque pode interromper toda a operação e comprometer dados de clientes, faturamento e reputação, o que, para uma empresa menor, pode ser fatal.
Qual a diferença entre segurança da informação e segurança cibernética?
- Segurança da informação protege dados em qualquer formato (digital ou físico), incluindo pessoas, processos e políticas.
- Segurança cibernética foca na proteção contra ameaças digitais, como hackers, vírus e ataques online.
O que acontece se minha empresa não tiver um plano de segurança?
Além de riscos técnicos (vazamentos, sequestros de dados, paralisação de sistemas), há impacto jurídico, financeiro e de reputação. Empresas podem sofrer sanções legais (como multas por descumprimento da LGPD), perder contratos e a confiança do mercado.
Como saber se minha empresa está segura?
Nenhum ambiente é 100% seguro, mas você pode avaliar:
- Existe backup confiável e testado?
- A equipe recebe treinamento?
- Há políticas claras de acesso e uso de dados?
- Sistemas estão atualizados e monitorados?
- Existe plano de resposta a incidentes?
Se a resposta for “não” para qualquer item, sua empresa está em risco.
Segurança da informação é obrigatória por lei?
Sim, especialmente com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) em vigor. Ela exige que empresas adotem medidas para proteger dados pessoais, sob pena de multas e outras sanções. Normas como a ISO/IEC 27001 também servem como referência técnica para compliance e auditorias.
Como começar a aplicar segurança da informação?
Comece com:
- Diagnóstico de riscos e vulnerabilidades;
- Definição de políticas internas;
- Controle de acessos e senhas;
- Backup confiável e criptografia;
- Monitoramento contínuo;
- Treinamento da equipe.
Por que o Brasil é alvo de tantos ataques cibernéticos?
Segundo empresas como Trend Micro e dados do G1, o Brasil é um dos países com maior número de vítimas de ataques via WhatsApp, phishing e ransomware. A falta de cultura de segurança, somada à digitalização rápida e equipes despreparadas, torna as empresas alvos fáceis.
Segurança da informação é responsabilidade de quem?
De todos. A área de TI pode liderar, mas segurança real acontece quando:
- A alta gestão define como prioridade;
- Os colaboradores seguem boas práticas;
- E a empresa inteira entende que proteger dados é proteger o próprio negócio.
Segurança da informação é sobrevivência inteligente
Se sua empresa ainda trata segurança como uma “preocupação do TI”, está atrasado. A segurança da informação precisa estar no DNA da operação, integrada à estratégia, presente nas decisões e rotina.
É o que separa empresas resilientes de empresas vulneráveis.
A boa notícia? Você não precisa fazer isso sozinho. Conheça quem entende de verdade de segurança da informação. A RED4IT entrega infraestrutura, monitoramento, cultura e estratégia para sua empresa blindar o que mais importa: seus dados, sua reputação e sua continuidade.
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